Mulheres sobre duas rodas (vídeo)

Thaís Lira,25, "usa moto para tudo", diz ela

Nas ruas, elas são maioria. Na garupa. São namoradas, esposas e amigas que aproveitam a vaga na parte traseira das motos para pegar carona. Mas isso tem mudado. É cada vez mais comum se deparar com mulheres pilotando motos em Pernambuco, como a estudante Thaís Lira, de 25 anos (foto acima).

Os números comprovam o que os olhos percebem. O ano de 2009 ainda nem acabou e a quantidade de Carteiras Nacionais de Habilitação (CNH) da categoria A – necessária para a condução de uma moto – emitidas para as mulheres em Pernambuco já é 25% maior em relação às expedidas durante todo o ano passado.

A comparação com os dados de 2005 é ainda mais surpreendente. De acordo com o Departamento Estadual de Trânsito de Pernambuco (Detran-PE), a quantidade de carteiras de motorista emitidas nos últimos quatro anos para pessoas do sexo feminino cresceu 87% no Estado. Este ano, somente até outubro, segundo o Detran-PE, foram expedidas 24,7 mil CHNs da categoria A para mulheres quando há quatro anos esse número foi de apenas 3,3 mil.

Aos poucos, elas conquistam as ruas sobre duas rodas. Nesta reportagem, conheça a história de duas mulheres apaixonadas por motos que usam o veículo “para tudo”, como diz Thaís Lira. Assista à reportagem aqui.

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Iluminador, por amor ao trabalho. Historiador, por natureza!

'Seu Maurício', da Iluminação, nos corredores da TV

Em uma noite repleta de pessoas ilustres e bem vestidas, por alguns instantes, os holofotes estavam voltados para um pernambucano do Recife, de 65 anos, que há quase 40 tem dedicado a sua vida a valorizar a aparição de celebridades, políticos e jornalistas na TV.

Encabulado, recebeu uma justa homenagem pelos ‘serviços prestados’ a um dos maiores sistemas de comunicação do Norte-Nordeste. Ele chegou até a conceder entrevistas, o que o deixou ainda mais retraído.

Mas a imagem que se tem dele muda completamente quando paramos por uns minutos para ouvir o que ele tem para falar. É encantador notar que toda aquela aparente timidez desaparece à medida que percebemos que ele carrega viva na memória grande parte da história de uma emissora de televisão.

Maurício José Moreira, mais conhecido pelos corredores da TV como ‘Seu Maurício’, da Iluminação, é um homem simples, de corpo miúdo e voz e olhar acanhados. Mas essa é a imagem que as pessoas que não o conhecem de perto têm dele, o que era o meu caso.

Foi necessário bem menos que meia-hora para descobrir um ‘Seu Maurício’ falador, brincalhão e, acima de tudo, dono de uma memória surpreendente.

Não precisei fazer muitas perguntas além da inevitável “Como foi que o senhor chegou aqui?” para o marceneiro que aprendeu ali a fazer iluminação de programas e telejornais dar início a uma verdadeira aula de história sobre a televisão pernambucana.

E que história! Na verdade, uma versão bem mais interessante, cheia de casos engraçados, constrangedores para os envolvidos e, sendo assim, inesquecíveis.

Como foi o caso de uma dona de boate muita famosa no Recife, uma tal de Luísa Helena, que fazia propaganda – naquela época, ao vivo – da Coca-Cola. À medida que narra a história, Seu Maurício dá vida à história ao acrescentar gestos e até o modo de falar da apresentadora que, depois de tomar um gole da bebida e dizer algo como “Que delícia!”, soltou a frase “Essa merda é ruim gelada, imagine quente!”.

Ele dá uma gargalhada gostosa. Em seguida, explica que tudo aquilo, que deveria ser um comentário de bastidor, chegou aos ouvidos de toda a audiência da época. “Foi um escândalo”, lembra ele.

E assim ‘Seu Maurício’ vai revelando a história que não consta no arquivo oficial da emissora, mas que chegou até os dias de hoje graças à memória de pessoas como ele. Histórias de um iluminador que passou quase um ano sem receber salário, mas mesmo assim continuou trabalhando na empresa.

“Mas por que, Seu Maurício?”, perguntei espantada. “Minha filha, isso aqui é como se fosse um vício! A gente se acostuma a fazer esse tipo de trabalho e, na hora que é pra trabalhar, esquece de salário, de tudo”, explica como se isso fosse a coisa mais natural do mundo. Pensando bem, é mesmo!

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Uma imagem, várias fotos

Embora tenha se tornado popular, editar fotos não é algo novo. Na verdade, a edição de imagens existe praticamente desde a origem da fotografia.

A diferença é que hoje o acesso às ferramentas é mais fácil. Pela internet, é possível baixar vários tipos de programas de edição, desde os mais simples, como o IrfanView, até outros um pouco mais complexos, como é o caso do PhotoShop.

Independente do programa, no começo, editar não é algo simples. Até porque exige um olhar atento e ‘apurado’ sobre a fotografia ou imagem que você pretende modificar.

Uma das ações mais simples é de redimensionar a foto, ou seja, torná-la maior ou menor, dependendo do que você pretende. Para isso, basta clicar em ‘Image Size” (no caso da versão em inglês do Photoshop). Você tem a opção de modificar tanto a dimensão da foto em pixels ou o tamanho do documento. Abaixo você vê uma foto que originalmente media 1944 X 2592 (muito grande e pesada para ser publicada na internet) e passou a ter 100 X 133.

 

 

Torre de atracação do Zeppelin - Recife (PE)

OUTRO PONTO DE VISTA – Outra possibilidade que o trabalho de edição de imagem permite – e, talvez, seja um dos mais interessantes, na minha opinião – é a de ter várias fotos em uma só.

Explico: ao usar a ferramenta ‘recortar’ do programa de edição de imagens, você pode criar novas fotos com base na imagem original. E para isso, só é preciso ‘olhar’ a fotografia sob um ponto de vista diferente do ‘original’, buscando outras possibilidades. Nas fotos abaixo, você vê a original e duas que são um recorte da primeira.

 

São Benedito do Sul, Zona da Mata de PE

 

 

 

 

 

 

 

 

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‘Podcaste’ você também!

Lembra daquele caso que teve destaque no noticiário nacional e você comentou sobre ele inúmeras vezes com amigos e parentes? Lembra que muitos deles pareciam te ouvir, mas, na verdade, estavam pouco dispostos a te escutar de fato?

A sensação de falar para o nada ou para ninguém é horrível. Mas que tal tentar mudar isso? Uma ideia é fazer um podcast, publicar na internet os seus comentários gravados.

Acabei de fazer e publicar meu primeiro podcast. É sobre o caso do capitão da Polícia Militar que é suspeito de forjar o próprio sequestro para conseguir levar cerca de 60 armas de batalhões da PM do Sertão de Pernambuco e entregar tudo a bandidos.

Ficou curioso para saber como tudo aconteceu? Ouça aqui:

http://www.podcast1.com.br/programas.php?codigo_canal=5307&numero_programa=1

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Sim, existe busca fora do Google!

Seja sincero e responda rápido: qual é o primeiro endereço que você digita no browser quando quer descobrir alguma informação sobre qualquer assunto? Sua resposta foi Google, certo? Bem, a sua e a da grande maioria das pessoas que está lendo este post neste instante.

Mais de 95% dos internautas brasileiros recorrem a esse buscador quando surge alguma dúvida ou precisam fazer algum tipo de pesquisa. A conclusão é de um estudo da Serasa Experian Hitwise feito entre os meses de setembro e outubro deste ano no Brasil.

Embora seja o mais popular, o Google não é o único que busca com eficiência a informação da qual você precisa encontrar no mundo que é a World Wide Web. Duvida? O Dois ponto zero fez um teste com o Google e outros sete buscadores e os resultados surpreenderam.

O assunto pesquisado foi “crise na imprensa” (entre aspas mesmo para restringir a busca). Todos os buscadores – Google, Yahoo!, DeepDyve, Radar UOL, ClustyBing, Ask.com e DogPile – apresentaram pelo menos um resultado em comum em relação aos outros entre os cinco primeiros listados.

Os dos buscadores do Google e da UOL foram exatamente iguais: os dois indicaram matérias e artigos sobre o tema de sites e blogs especializados. O Ask.com e o DogPile não ficaram muito atrás e só listaram, entre os cinco primeiros, um link diferente dos dois grandes e mais conhecidos buscadores no Brasil.

Embora os resultados apresentados pelos buscadores Yahoo!, Bing e DeepDyve tenham sido, em geral, menos específicos, os três foram os únicos que citaram fontes que são referência quando o assunto envolve a imprensa: os sites  Observatório da Imprensa e Comunique-se.

Bem, diante disso é possível afirmar que existe busca fora do Google sim. E o ideal é que o internauta, sempre que tiver tempo hábil, experimente outros buscadores como forma de diversificar os resultados. Que tal fazer isso da próxima vez que estiver à procura de algo na internet?

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Sistema de atualização de páginas: o que é e para que serve?

A cena não é difícil de imaginar: na tela do computador de um jornalista – seja de impresso, online, TV ou rádio – as abas na barra inferior se multiplicam. E-mails pessoais e profissionais, sistemas operacionais do veículo para qual ele(a) trabalha e, principalmente, sites de notícias. A tecla F5 do PC e o botão “atualizar” do browser são acionados dezenas de vezes durante um turno de trabalho. Isso ocorre porque o profissional tem ânsia de se manter atualizado sobre o que acontece naquele instante. E não poderia ser diferente. Mas é ou não é enlouquecedor?

A saída encontrada pelos jornalistas e também por quem tem vontade ou necessidade de estar sempre a par das notícias são os sistemas de atualização de páginas. Um nome comprido que define sistemas conhecidos por muita gente: RSS, Google Reader, entre outros.

O ícone do RSS está presente na grande maioria dos sites de notícias. Significa “Real Simple Syndication” ou Distribuição Realmente Simples. A lógica é fácil de entender: cada vez que um determinado website atualiza o conteúdo, o sistema emite um alerta de que há algo de novo por lá. Para acompanhar as atualizações, basta baixar de forma gratuita algum programa que vai “ler” o RSS. As opções são variadas: NetNewsWire, FeedDemon, FeedReader, etc.

A vantagem desses leitores é que parte das atualizações dos sites fica disponível para o usuário mesmo se ele não estiver conectado à internet. Em contrapartida, a pessoa só pode acessar o conteúdo se estiver usando o computador onde o programa for instalado. Não há a possibilidade, pelo menos no programa testado pelo blog – o FeedDemon –, de ter acesso ao material de outra máquina sem que seja necessário baixá-lo.

De olho nessa desvantagem dos programas leitores de RSS foi que, em 2005, a Google criou o Google Reader, que segue o mesmo princípio. A diferença é que o usuário pode ter acesso às atualizações dos sites previamente cadastrados de qualquer computador. O que, por sua vez, pode ser considerado uma desvantagem em relação aos leitores de RSS que permitem que o internauta possa acessar parte do conteúdo a qualquer hora, mesmo estando offline.

Diferenças à parte, ambos – o Google Reader e os programas leitores de RSS – são rápidos e eficientes em disponibilizar para o usuário o material mais recente publicado pelos sites. Quase não existe diferença de tempo entre a atualização do Google Reader e do FeedDemon, por exemplo.

TWITTER – E embora não tenha sido criado com esse propósito específico, o badalado Twitter também é usado por jornalistas e profissionais que precisem estar atentos às notícias como uma espécie de RSS ou Google Reader. Grande parte dos portais de notícias “tuitam” as atualizações que fazem, embora não seja em tempo real como ocorre com os leitores de RSS e o Google Reader.

Apesar disso, o que se pode notar é que cada vez mais os especialistas em World Wide Web estão se dando conta que o usuário não tem mais tempo para acessar dezenas de sites para se manter informado. O usuário quer saber de tudo sem precisar usar muitas janelas do browser. E nesse sentido, opções não faltam!

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Exemplos próximos de jornalismo multimídia

bicicletas

Já imaginou contar uma história sem precisar recorrer a linhas e  parágrafos de textos? Difícil de imaginar? Isso é o que prega o jornalismo multimídia, que se utiliza de diversas mídias (texto, foto, vídeo, áudio, etc.) de forma integrada para relatar um fato.

Um bom exemplo de que é possível fazer jornalismo sem precisar escrever laudas e laudas de texto é o especial “A Revolução das Bicicletas”, da premiada e querida jornalista Julliana de Melo, do JC Online, do Recife.

Tive o prazer de acompanhar parte do processo trabalhoso que foi abordar o tema da bicicleta como alternativa de locomoção nas grandes cidades por meio de histórias em quadrinhos, vídeos e áudios. 

O especial ganhou destaque em blogs especializados em jornalismo multimídia como o Webmanario, do Alec Duarte,  e  o Jornalismo Móvel, do Fernando Firmino. 

moto_mulher

PRIMEIROS PASSOS

Há quase 4 meses comecei a enveredar pelo caminho do webjornalismo ao colaborar com um portal de notícias daqui do Recife. Depois de alguns experimentos em jornalismo multimídia, finalizei uma reportagem especial que tenta fugir da linguagem meramente textual.

A reportagem especial “A conquista das mulheres sobre duas rodas”, publicada no JC Online,  aborda o aumento do número de mulheres pilotando motos em Pernambuco por meio de textos, gráficos e vídeos. Um trabalho bem simples, mas que não deixa de ser um primeiro passo…

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1.0, 2.0, 3.0… Mas, afinal, o que isso tem a ver comigo?

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Lembro como se fosse hoje: quando completei 15 anos – isso há 10 anos – meus pais me perguntaram: “Filha, o que você quer ganhar de aniversário?”. Tive um tempo para responder. Alguns parentes e amigos trataram logo de dar palpite. “Escolhe ter um baile de debutante, Fabiana!”. “Por que você não pede uma viagem para Walt Disney?”. Eu ouvia, fazia que gostava da ideia, mas o fato é que já havia feito a minha escolha: queria um computador com acesso à internet!
Recordo-me do primeiro contato que tive com aquela máquina. Não era a primeira vez que mexia em um PC, mas o fato de ele ser meu fazia toda a diferença. Descobrir as funcionalidades dos programas era instigante, mas nada se comparava ao prazer de se conectar à rede mundial de computadores. E lembro que era algo que exigia dinheiro ou paciência. Só existiam duas opções: ou você pagava (e não era pouco) para ter uma conexão um pouco mais rápida que os demais ou desafiava os limites do sono para se conectar à internet depois da meia-noite de graça. Quando conseguia porque certamente essa era opção da maioria.
Naquela época, assim como se conectar decentemente à internet, ter acesso ao melhor do conteúdo da World Wide Web custava caro. Era o tempo do que os pesquisadores chamam de “Web 1.0”, a primeira fase da internet.
A jornalista e blogueira Cíntia Costa, no artigo “Como funciona a Web 2.0”, publicado no site Como Tudo Funciona, explica que tudo que era pago pelos usuários formava a base da renda das empresas virtuais que gastavam relativamente pouco para manter essas empresas “pontocom”.“O sucesso das empresas de internet e as perspectivas de um futuro brilhante atraíram bilhões de dólares de investidores visionários. Investia-se em ideias, e não em estrutura real. No início dos anos 2000, porém, a bolha pontocom chegou ao seu limite”, detalha a jornalista.
Ela relata ainda que houve uma série de falências das empresas virtuais e muita gente que havia investido nisso perdeu o dinheiro.Não faltaram comentários e análises que previam o fim da World Wide Web. Nada disso se concretizou. A internet se manteve, mas de uma forma diferente. Se antes eu não passava de uma mera expectadora diante de um mundo de informações que circulava pela rede mundial de computadores, passada essa crise, comecei a descobrir meu potencial como usuária. Aos poucos, fui me deparando com sites que “exigiam” minha participação.
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No começo, eram as famosas enquetes do tipo “Você acha que o mundo vai acabar? Sim ou não” e pesquisas de opinião sobre um livro ou CD que acabava de comprar em uma loja virtual. Pouco tempo depois, fui apresentada a ambientes virtuais nos quais eu podia de fato interferir. Wikipedia, Youtube e sites de relacionamento, como Orkut e Facebook. Virei fã! Hoje em dia, a “menina-dos-olhos” é o Twitter que nos conclama a expressar nossas opiniões em até 140 caracteres.
Embora tenha crescido nessa cultura ‘www’, confesso que demorei até entender que eu podia fazer o que quisesse com esses espaços. De expectadora para criadora de conteúdo levou um tempo. E creio que foi assim com a maioria dos internautas. E não foi por acaso já que lógica da internet mudou em um tempo relativamente curto.
Tudo isso pode ser resumido na expressão “Web 2.0”, criada pelo irlandês Tim O’Reilly. A jornalista Cíntia Costa resume bem o que mudou: “Saíram os sites estáticos, entraram mais interação e dinamismo; caíram as barreiras dos padrões e cresceu a personalização. Internautas passaram de usuários passivos a agentes ativos em relação ao conteúdo que circula pela rede. Aliás, a troca de dados é a maior marca dessa nova geração”.
Mas as mudanças não param por aí. Já tem gente falando em “Web 3.0”, como o físico inglês Tim Berners-Lee que, em 1989, já imaginava como iria funcionar a atual rede mundial de computadores. Nessa nova etapa, a internet adivinharia nossos desejos. Mas isso é assunto para um outro post…

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